Monday, November 26, 2007


só queria compartilhar essa cena que registrei hoje em Barão Geraldo...

detalhe pro caminhão de controle remoto....

não precisa comentários.



Friday, November 23, 2007

Amado
Vanessa Da Mata

Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do sol, postal, mais ninguém
Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus
Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Sinto absoluto o dom de existir,
Não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você

Tuesday, November 20, 2007

CLIQUE



e veja em primeira mão o esboço de trecho (isso quase não significa nada) do documentário ÔNIBUS 3.28

Monday, November 19, 2007


Toda vez que fico um tempão sem passar por aqui, acabo escrevendo aquelas besteiras de "ahh voltei de vez.. e blábláblá"..o certo é que volto aqui PRETENDENDO recriar o hábito de atualizar este blog, mas querendo ou não, isso ainda é um pouco vago... tendo isso em mente... vamos curtir o momento =)

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Neste ultimo mês tenho sido sugada pela faculdade com a produção de um milhão de trabalhos ao mesmo tempo. Sonho com eles todas as noites e cheguei a chorar ontem quando cai de cama com o maldito rotavírus e percebi que não daria conta de nem um terço das minhas responsabilidades. Hoje já estou melhor e vou conseguir colocar as coisas em dia, graças a Deus. Enfim, não vim falar sobre a minha saúde, e sim sobre as 4 fases da profissão que escolhi:

1º fase: beirando o suicídio

é, literalmente, a hora que da vontade de morrer, você olha pra sua agenda de prazos, datas, "deadlines", e acha que a única solução é se atirar de algum lugar bem alto.

2º fase: Repensando o suicídio

mas como tem medo de altura, ou outro motivo, repensa a idéia e resolve encarar os professores e (+) uma possível DP.Aí é aquela coisa "mete a cara e vamos ver o que dá!"

3º fase: Desistindo do suicídio

nessa fase você começa a se interar do assunto do trabalho a ser feito... vai vendo com calma, com um pé atras, e ainda com aquele sentimento de "é impossivel, i can´t do it, não é humano!"e por incrível que pareça é a hora que, sem perceber, você se apaixona. Entra no assunto e não quer sair de lá nunca mais, passa a reclamar do prazo por outro ponto de vista, não mais por achar impossível ficar pronto, mas sim por achar que precisaria de mais tempo pra fazer um trabalho melhor, pra explorar todo o universo fascinante que você descobriu.

4ºfase: Desespero e satisfação

é a hora que você sente tudo outra vez, é a melhor e a pior.A hora da edição, da plástica, da montagem. Graças à Deus ainda não inventaram um coisa pior do que edição. Minutagem, decupagem, cena metodicamente discriminada num roteiro que deve ser feito previamente.
Na minha cabeça não faz sentido uma pessoa escolher as cenas pra montar um vídeo sem testar, sem colocar no programa de edição com a liberdadade de acerto e erro, de poder falar "ah não, fico horrivel, coloca outra!" ou coisa do tipo. Isso requer capacidade extraterrestre.
Sem dúvidas, os primeiros momentos de edição são desesperadores, mas novamente a coisa vai ficando pronta, vai se criando uma sequencia e mais uma vez você pensa que deveria ter mais tempo pra aprofundar e melhorar.
E aí fica pronto. Assistir todo o trabalho finalizado não tem preço. Parece loucura, mas vale muito a pena. Todo o desespero e descontrole emocional passam a ter sentido, esse é o momento de se desculpar com o namorado, com o irmão, com a mãe, com os colegas, e abrir os braços pras férias merecidas, por que daqueles colegas que você não quis chegar perto nem pra se desculpar, vai dar uma saudadezinha no final de janeiro e o abraço em fevereiro vai ser muito bem vindo.

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Nesta semana estou finalizando dois documentários (vídeo e rádio), um jornal, duas pesquisas e quinta feira tenho prova teórica de fotojornalismo.Estou no início da 4ºfase no vídeo documentário: o desespero da edição.E no rádio documentário estou saindo da 3º e indo para a 4º. Estou absolutamente encantada pelo assunto, a vida da "poeta" e escritora Hilda Hilst, mas correndo contra o tempo com entrevistas e preparações para a edição: inicio de outro desespero.O melhor disso tudo, é que a equipe de trabalho é perfeita, e esse desespero todo pode ser compartilhado e as tarefas divididas corretamente pra dar tudo certo! Tenho certeza que o resultado final será extremamente gratificante.


Fica aqui um trecho de um dos poemas mais famosos de Hilda Hilst:


Sonetos que não são


Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha

Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha.)

Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel

Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.
( Roteiro do Silêncio(1959) - Sonetos que não são - I)


Fernanda Montenegro, Jacqueline Laurence e Hilda Hilst na Casa do Sol. Campinas, s.d.

Assim que estiver revelada e digitalizada, coloco aqui a foto que tirei deste balanço nesse lugar fascinante que é a Casa do Sol, durante a entrevista de uma tarde inteira que fizemos com J.L.Mora Fuentes, escritor, crítico, amigo e herdeiro de Hilda Hilst. Apesar de todas as dificuldades, sem dúvida alguma, este foi o melhor momento na faculdade até agora.

Momentos que só o jornalismo é capaz de proporcionar. A experiência e sensação de conhecer uma pessoa, criar uma admiração sem nunca te-la visto.

O momento de ouvir uma pessoa extremamente culta, de um caráter e inteligência ímpar, contando histórias impressionantes, num relato apaixonado e emocionado em um português delicioso de se ouvir, conversar, rir e se emocionar com um escritor de verdade.